como se de uma porcelana pudesse emergir o mais forte dos concretos.
sensibilidade cravejada de ternura e escondida pelo medo.

liberta-te!

dê aos que te cercam o prazer de teus pensamentos.

não sabe ainda quem és
tampouco o "poder" que possui.

é tanta coisa armazenada...
toda uma vida de reticências, onde deveria caber
ponto
e
virgula.

quero estar na plateia
aplaudindo quem és
quando assim,
sem medo algum se revelar.

labio doce que ninguem vê

açucar cultivado em resguardo

esperando por você.

quase seco,

sem toque.

quando se abre

transforma-se em sorrisos a-çu-ca-ra-dos ...

dono das palavras

e guardião de sussurros

so lhe falta agora

a doçura dos seus.

viver de palavras

de poesia
fria
ardida
quente
tardia

quero viver de palavras
montadas
escritas
cantadas
sentidas

transformados
os minutos que vivo
se mutantes
flutuariam

como passaros embreagados
somos confundidos por fumaças
que pensamos ser nuvens.

nada mais é o que parece...

da minha parte
fica a vontade do que sempre foi.

não quero diagramas
tampouco labirintos.

quero a paz, como diria Gil,
invadindo meu coração.

Feliz 2009 !

como dois e dois sao cinco
tenho certeza do meu amor

calor que gela
ponta de faca macia

sua respiração me sufoca
seu toque me corta

o sentimento não esta presente
e mesmo assim...

não consegue deixar de existir.

desamarte me faz livre
minh´alma solta, vive!

de asas abertas
libertas

quero me dar.
novamente.

e sem perceber.

doce o sorriso
dos que deixam ser.