Wednesday, April 29, 2009

promessas


antes não sentencia-las afim de não desmoronar o mundo alheio
à trazer esperanças temporárias.
sonhos que se constroem pelas palavras do outro
frageis como castelo de areia.

arredio sou eu agora
pois sinto a agua chegando de mansinho
prestes a abocanhar cada grão
da minha singela construção.

ah, se elas não existissem,
muitos sonhos tambem não seriam
e, mais ainda,
tristezas economizadas.

quero-as loooon...ge de mim.
sem começo, meio nem fim.
deixe que as farei.
de mim para mim mesmo.

promessas:
balde de agua
na mão daqueles que não sabem o valor de um sonho.

Monday, April 27, 2009

sonhos


impublicaveis, distantes
impraticaveis, constantes
incontaveis, instigantes.

do feijão ao caviar,
é tudo secreto.
não posso, oh céus
vive-los de perto.

me enlaçam,
dificultam a auto-compreensão.
furtam-me a razão,
não existo em mim.

simplesmente existem...
sonhos meus.

Friday, April 24, 2009

sem perceber,
bem devagar
a felicidade voltou pra mim....

sem perceber,
sem suspeitar
o meu coração deixou você surgir...

e a beleza
da ventura
de sentir você...

chegou sem querer,
bem devagar.


( é o destino, nas palavras de Caetano veloso! )

Monday, April 13, 2009

Me juntei ao manuel

c´um simples soneto tornou-se mais que musica.
esfuziante,
me deixaste sem ar.

mas não te quero.
não!
prefiro continuar a suspirar-te.

que permaneças intocavel,
inalcansavel,
admiravel !

não te quero no pão com manteiga.
quero observar-te,
assim como o Manuel da Biba o faz.

Saturday, April 11, 2009

vigia


como um par de luvas de seda que acariciam porcos espinhos, tento me aproximar sem me fazer presente.
quero uma presença transparente, daquelas que não se sente, para poder te observar em silêncio.
prendendo a respiração pretendo vigiar seus atos.
aguçarei o olfato para rastrear sua presença...
pela lente de teus proprios olhos refletir-me-ei como peixes em um pântano, onde ninguem pode enxerga-los de cima.
controlar-te como radares de vôo, de forma automatica.
não quero fazer-te refém.
pelo contrario:
sou eu a refém de seus passos, sua linhas, seu traços.
estou presa a teus pensamentos pois deles dependem os meus.
não quero que saibas que existo...
assim posso observar-te cru.

Sunday, April 5, 2009

não tem "furada"

gosto dos encontros desprogramados.
não, nada de novas pessoas ( ou sim )
mas o que importa é a "despretenção" de junto estar.
sentir o que ainda não sabemos existir
compartilhar
trilhar
des........trinchar o outro
afim de melhor se entender.
em vocês está cada virgula de mim
e é nos pequenos encontros
que me reconheço.

os sentidos se unem
e junta(o)s, fazemos sentido.
é na inconstancia
que constatamos a " desnecessidade"
de tudo programar.

cuida de ti
e assim, cuidarás de mim.
pois saiba,
as amizades
são meus maiores tesouros.