Thursday, September 23, 2010

o vento empurrava as nuvens com tamanha velocidade que não dava tempo de buscar formatos. era como passagem de tempo na ficção. os predios parados e, logo em cima deles, os tufos brancos se moviam desesperadamente rumo ao outro lado da avenida.
acabei por buscar-te acima delas, num lugar onde o sol não queima, o mar não transborda e vento nenhum desloca.
e desde então,pouco me importa se as nuvens são girafas gordas, travesseiros da vovó, montanhas, tufos de algodão doce ou qualquer coisa salgada; so enxergo o ceu azul, imutavel. nem o vento me toca... estou anestesiada por quem transforma minha imaginação.