
tudo estava devastado
os olhos desbotados, face lívida.
os labios ,contrariando sua natureza sorridente,
tornavam as feições ainda mais derrotadas.
cruzou a rua com um trompete
e a todos que passavam
entoava notas tristes,
afim de se livrar de tamanha amargura.
transformadas em acordes
suas lamurias tornaram-se a alegria alheia:
breve sonar para os que passeavam na praça;
o inesperado na esquina dos que corriam apressados;
o despertar melodico dos que moravam janelas acima.
voltou com seu trompete
vazio de notas;
tristeza desaguada.