
como um par de luvas de seda que acariciam porcos espinhos, tento me aproximar sem me fazer presente.
quero uma presença transparente, daquelas que não se sente, para poder te observar em silêncio.
prendendo a respiração pretendo vigiar seus atos.
aguçarei o olfato para rastrear sua presença...
pela lente de teus proprios olhos refletir-me-ei como peixes em um pântano, onde ninguem pode enxerga-los de cima.
controlar-te como radares de vôo, de forma automatica.
não quero fazer-te refém.
pelo contrario:
sou eu a refém de seus passos, sua linhas, seu traços.
estou presa a teus pensamentos pois deles dependem os meus.
não quero que saibas que existo...
assim posso observar-te cru.
1 comment:
observar-te cru é bem diferente de controlar-te como radares de voo, de forma automatica- mas quem vigia, e nao se faz presente é bem capaz de saltar da ponte e tomar sorvete como quem nao quer nada :)
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